quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Música do dia

Minha amiga Dani Costa encontrou e me mandou a versão completa da música "Oração ao Tempo", na voz de Maria Gadú, tema de abertura da (muito muito legal³) Novela global "A Vida da Gente". Há muito eu procurava e não conseguia encontrar essa versão completa em lugar algum. Valeu, Dani!!

Essa música é do Caetano Veloso e eu já a conhecia, mas nunca tinha visto uma versão tão tocante e renovada dela. Ela basicamente repete uma meia dúzia de acordes(tô chutando) durante mais de 3 minutos, então, apesar de ter uma letra fantástica, torná-la não maçante não é uma tarefa fácil. Maria Gadú conseguiu fazer uma versão(na minha opinião a melhor até hoje) extremamente simples e cheia de detalhes ao mesmo tempo. Em resumo: como a vida deve ser. (viajando na maionese agora, hehehe)

Segue abaixo o Link:



terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Tempo, tempo, tempo, tempo...

O tempo passa. Continuamente e alheio a qualquer vontade ele passa. Ele passou e estou postando aqui de novo. Não sei porquê parei de escrever aqui. Provavelmente por falta de tempo, mas acho que muito também por não saber o que dizer. Sim, porquê, quando passo alguma mensagem, intrinsecamente eu me pergunto que tipo de mudança positiva isso pode acarretar em alguém. Hoje decidi que tenho algo importante a ser dito.

Tem certos dias que a gente acorda e não sabe muito bem o porquê. Sem depressão ou algo do tipo. Apenas sem saber qual o sentido desse ciclo diário que vivemos(eu, pelo menos, sou assim). E assim nós vamos levando... chega um momento em que os coadjuvantes da vida atuam tanto sobre nós que acabamos sem saber o que é realmente importante. Trabalho, ganhar dinheiro, se divertir, namorar, etc. Esses são os coadjuvantes da vida. Para muitas pessoas eles são atores principais e reinam soberanos em suas vidas. Não nego que na minha também eles tomam demasiada importância. O que quero dizer é: até que ponto o que você faz ou o que você procura é realmente o que você é?

Às vezes nos desesperamos tanto por não encontrarmos o que procuramos ou por não podermos fazer algo. Por quê perdemos tanto tempo com isso? Se mudarmos o foco da nossa atenção para o que podemos fazer ou para o que podemos encontrar vamos ficar tão extasiados com o mundo de possibilidades que se abrirá à nossa frente que simplesmente não teremos tempo de pensar no que não podemos ter, fazer ou achar. As nossas reais e felizes possibilidades ocupam todo o nosso tempo e mais.

Essa é uma lição que tenho aprendido(ou tentado aprender) recentemente. Na verdade, os últimos tempos têm sido de tanta evolução pra mim. Parte boa: o mundo se abre à sua frente. Parte ruim: crescer é um processo solitário. Quanto mais você cresce no mundo em que vivemos, menos você tem que se acostumar com a compreensão alheia (mas vale a pena). Certas conversas, certas risadas, certas condutas e pensamentos passam a perder completamente o sentido para você, à medida que outros vêm e ocupam esse espaço.

O engraçado do tempo é que ele passa de maneiras extremamente distintas entre as pessoas e até mesmo para uma só pessoa. Já tive meses que não me valeram nem por dias, enquanto tive dias que me valeram mais que anos. Me lembro de uma vez, há cerca de um ano atrás, que falava ao telefone com uma pessoa que há muito não vejo, mas que não esqueço nunca. Foi, como disse ao telefone, "um daqueles dias em que vc cresce 10, 12 anos em um só dia, sabe?". Não esqueço dessa conversa. Não importa quanto tempo passe. Desde esse dia pra cá eu mudei tanto.

Por falar em esquecer, tem tantas coisas que deixamos ao encargo do tempo nos fazer esquecer. Pessoas, situações, tristezas, perdas, etc. Será que todas elas devem mesmo ser esquecidas? Ao longo do tempo tenho reparado que existem coisas e pessoas que simplesmente não podem ser esquecidas. Existem lugares nos nossos corações, pontos tão profundos que chegamos a desconhecer. Apenas quando alguém ou algo os toca é que passamos a ter conhecimento deles. Por mais que tentemos nos convencer que o tempo apaga tudo, a verdade é que ele não apaga. Quando você é atingido isso pode ser algo temporário ou não. O fato é: alguém fazer você descobrir uma parte(boa) sua que você nem sabia que existia faz ela se tornar parte de você. Pra sempre. Acho que, voltando ao começo do texto, descobrir essas verdades vindas do coração seja o sentido da vida. Temos tanta riqueza dentro de nós que nem podemos imaginar.

O tempo se encarrega de retirar os véus de ilusão que criamos, nos mostrando a verdade que há por debaixo deles, mas na maioria das vezes não consegue apagar o que você vive ou sente. No máximo, esses sentimentos podem ser transformados, mas sempre terão um lugar cativo no seu coração.

Algumas perguntas do tipo "O que é verdade e o que é mentira?" ou "O que é ilusão ou realidade?" muitas vezes surgem durante a nossa caminhada. Apenas duas coisas podem respondê-las: tempo e grandeza de espírito para reconhecer e aceitar as respostas. No mais, só tenho a dizer que o tempo é um bom amigo, mas pressa não é uma de suas características. Tudo bem. Ele também nos ensina a esperá-lo e, caso ele se atrase um pouco, a agirmos. Para um texto que do nada brotou, não consigo vislumbrar melhor forma de terminar senão também do nada.

Um abraço,

Felipe.

Vale a pena conferir: